A atenção desempenha um papel crucial na determinação dos estados de consciência, influenciando o que percebemos, como nos relacionamos com nossa experiência e como nos sentimos em relação a ela.
ATENÇÃO E ESTADOS DE CONSCIÊNCIA
Onde colocamos nossa atenção influencia não apenas o que percebemos, mas também como nos sentimos e pensamos sobre a experiência. Por exemplo, se nos concentramos em pensamentos negativos e preocupações, podemos nos sentir ansiosos ou deprimidos. Por outro lado, se dirigimos nossa atenção para coisas que nos trazem alegria e gratidão, podemos experimentar estados de consciência mais positivos e elevados.
Quando a atenção está focada em um estímulo específico, os estados de consciência tendem a ser mais concentrados e direcionados. Por exemplo, quando estamos profundamente engajados numa tarefa desafiadora, como resolver um problema matemático complexo, a nossa atenção está focalizada na tarefa e a nossa consciência está altamente concentrada nela.
Por outro lado, quando a atenção é difusa e aberta, os estados de consciência podem se expandir e se tornar mais inclusivos. Práticas como meditação, contemplação e estados de fluxo podem envolver uma atenção mais ampla e receptiva, permitindo uma experiência mais fluida e sem esforço.
A capacidade da atenção sair da mente individual através da aplicação do seu foco no olho para o invisível é essencial para o desenvolvimento espiritual e o despertar da consciência. Quando estamos em estado de presença somos observadores de nós mesmos, estamos conscientes do momento presente sem julgamento ou identificação com os nossos pensamentos, emoções ou experiências.
O OBSERVADOR DE SI MESMO
O processo de desenvolvimento pessoal e autoconhecimento pode nos ajudar a entender melhor nossas motivações, necessidades e aspirações, permitindo-nos tomar decisões mais autênticas e conscientes.
A capacidade de direcionar nossa atenção para o "local do observador de si mesmo", é fundamental para nossa capacidade de refletir, questionar e tomar decisões alinhadas com nossos interesses e valores pessoais.
Quando conseguimos direcionar nossa atenção para esse "local do observador de si mesmo", cultivamos uma forma de consciência reflexiva ou autoconsciência. Isso permite-nos observar os nossos pensamentos, emoções, impulsos e comportamentos de uma perspectiva mais objetiva e distanciada.
Essa habilidade de auto-observação capacita-nos a:
Observar e tomar conhecimento dos padrões de pensamento e comportamento: Podemos observar os nossos pensamentos e emoções, identificar padrões recorrentes e correlações entre eles e sentir o quanto eles estão em consonância com a nossa essência - verdade e autenticidade.
Observar as influências externas: Podemos observar como as influências externas moldam ou moldaram as nossas crenças, atitudes e comportamentos, avaliando se elas realmente refletem quem somos e o que valorizamos na nossa autenticidade e individualidade.
Tomar decisões conscientes: Na auto-observação e na conexão da nossa atenção com a nossa essência podemos tomar decisões mais conscientes e deliberadas sobre como queremos viver nossas vidas e responder às situações que encontramos sem medos.
Ser um observador de si mesmo envolve cultivar um estado de observância e uma atitude de curiosidade e aceitação em relação à nossa própria experiência, utilizando activamente a atenção e levá-la para lá da mente para a conseguir observar - pois é a mente cria pensamentos e influencia as nossas emoções. Estar no estado de presença facilita esse processo, pois ajuda-nos a distanciar dos pensamentos e emoções, permitindo uma visão mais clara e objetiva de nós mesmos.
A parte mais difícil é sempre conseguir chegar a esse estado de consciência onde se é observador e observado simultaneamente. Existem muitas técnicas e modalidades, que nos permitem alcançar por vezes um vislumbre desse estado, mas dificilmente o conseguem manter e ancorar. Healing, não sendo nenhuma técnica e usando apenas a atenção, ajuda a facilitar e ancorar esse estado de consciência, para nós mesmos e para os outros.
Isso permite-nos desenvolver uma compreensão mais profunda de nossos padrões mentais e emocionais, além de nos proporcionar uma maior liberdade para escolher como responder aos estímulos internos e externos.
É através desse processo de desidentificação que podemos descobrir uma fonte de paz, clareza e compreensão mais profunda que está além das limitações da mente condicionada.
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